sábado, 27 de novembro de 2010

Destruindo o Futuro


Por vezes cheguei a concluir que não pertenço à este mundo, pois sou às avessas, com minhas contraditoriedades e pensamentos alheios. Mas andei refletindo... Este mundo é que não deveria pertencer à realidade. Realidade infinitamente cruel, por sinal.
Até onde se pode chegar com tanta ambição e sede de poder, de dinheiro?
Matar ou morrer? Infelizmente este é o lema.
Como sempre penso em tudo, e questiono-me no meu silêncio, propus-me a inquirir: Armas de fogos fazem jus à justiça? Matar... dissipar, metralhar, devolve a paz?
Eu não compreendo, e creio que nunca ninguém será capaz de tal feito... Porque o homem tornou-se tão brutal e predador a tal ponto de perder o racionalismo?
Tudo acaba com a pólvora, deixando rastros de sangue e de lágrimas... Corações amargos e vazios, e temerosos, e depressivos, e malucos.
“Coisas” com sede de vingança. Pessoas com sede de amor.
“Coisas” desumanas. Pessoas descontroladas... Controladas pela droga, pelo vício, pelo poder.
Acham que serão donas do mundo, que podem dominar o próximo, mas não dominam sua consciência de que um dia isso tudo acaba. Pois tudo tem seu fim, de acordo com seu princípio.
E onde está a fé, a esperança? Esvaiu pelos corredores do medo, nas calçadas manchadas de rastros de destruição, nos corações sangrando.
Onde está a Paz? Gritam todos!
E a violência financiada por quem goza do sangrar, por quem é vazio, por quem é perturbado... Por coisas, não gente.
“Pessoa” refere-se ao “homem, enquanto ser moral”.
Onde a moralidade foi dissipada, não restaram homens.
Se a irracionalidade e selvageria prevaleceram, não são homens. São bárbaros desgovernados.
Complicado não sentir revolta perante as covardes “coisas”. Na verdade é impossível.
Falo por mim. Não consigo me imaginar frente a frente à essa realidade. Eu me sufoco só de pensar no que possa existir de mal.
Ninguém nasceu para morar "nesse" mundo.
Ninguém nasceu para agir assim.
Essas criaturas estão abrindo as suas próprias covas.
Não falo de algo tão tangível como um “simples morrer”...
Creio que tudo nessa vida há de ser pago.
O que menciono é que “O futuro está sendo construído destrutivamente”.
Quando se acharem, já se perderam há muito...
O tempo não espera sempre. Às vezes ele castiga.
Na morte tudo se acerta. Ou se vive, ou se morre de vez.
O que define são os atos do “agora”.
O futuro depende do dono dos atos. Tudo sempre regressa. Muitas vezes em maiores proporções do que imagina-se.

(Naná)



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